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A energia contagiante da Uaisoul

10 de abril de 2024
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5m
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Uailsoul | 1º Prêmio da Música
Com uma proposta musical que transcende fronteiras e abraça a diversidade da black music, a banda Uaisoul se destaca como uma das vozes mais vibrantes e envolventes da cena musical de Belo Horizonte.

Liderados por Edgar Filho, os integrantes exploram uma vasta gama de influências, desde o samba-rock até o jazz, do soul ao reggae, criando uma sonoridade única e pulsante.

Nesta entrevista vamos conhecer a fundo o universo musical da Uaisoul, conhecendo suas inspirações, experiências e a essência por trás de cada acorde, em uma jornada que promete surpreender, conquistar e energizar os corações dos amantes da boa música.

A proposta da Uaisoul é explorar a black music sem limites, abrangendo diversas vertentes musicais. Como vocês conseguem fundir esses elementos tão diversos em uma única sonoridade coesa?

A gente parte do nosso cerne, que é a Soul Music. Apesar da Black Music ser abrangente e diversificada, elas se fundem com muita facilidade, por serem ritmos e estilos vindo de matriz africana. E como somos pessoas que gostamos de explorar novos ritmos e estilos, incorporando essa mistura no nosso trabalho, a fusão de elementos se torna uma coisa natural e coesa, harmônica e ritmicamente falando, não limitando o processo criativo.

Quais são as principais influências musicais que inspiram o som da Uaisoul e como essas referências se manifestam em suas composições?

As principais influências que inspiram diretamente nosso processo de composição vêm inicialmente da MPB e de compositores como Gil, Caetano, Lenine, Marisa Monte, entre outros, da Soul Music nacional como Tim Maia, Cassiano, Ed Motta, Simonal, Black Rio, Simoninha, Max de Castro e da Black Music internacional como Patrice Rushen, Stevie Wonder, Prince, Michael Jackson, Jamiroquai, Incognito e The Brand New Heavies, entre vários outros! (risos)

Belo Horizonte é conhecida por sua rica cena musical. Como a cidade influencia o estilo e a identidade da banda?

BH é uma cidade que respira cultura, brota arte do chão. É celeiro de grandes artistas dos mais variados e é referência de excelência no Brasil todo. A cena musical de Belo Horizonte não é diferente e foi um dos pilares que influenciou diretamente na criação da Uaisoul, principalmente em 2007 com festivais como o “Conexão Telemig Celular”, eventos do “Alta Fidelidade” e bandas e artistas autorais que faziam parte dos line-ups desses festivais. Black Sonora, Zimun e Renegado são exemplos daqui que nos deram a diretriz para chegarmos ao que somos hoje.

Vocês destacam a importância de valorizar a música em sua essência. Como essa valorização se traduz em sua abordagem criativa e em suas performances ao vivo?

A música tem um papel fundamental na vida de cada um de nós. Vivemos e respiramos música, nos dando força e motivação necessárias para seguir adiante. Temos muito cuidado e critério com a mensagem que queremos passar ao público e isso interfere diretamente em como trabalhamos a parte criativa, tanto no processo de composição, como nas performances ao vivo. Agradecemos muito à música por fazer parte de nossas vidas.

O som da Uaisoul é descrito como energizante e capaz de balançar as estruturas por onde passa. Como vocês procuram transmitir essa energia e conexão com o público em suas apresentações?

A essência da Uaisoul é toda baseada no ritmo e no suingue! Isso faz do show uma experiência energizante, gera a conexão intensa com quem assiste e como diz Araketu: “Inconscientemente a gente dança!”. Não há um ser humano que resista a isso! (risos)...Lembro bem de observar as pessoas no backstage durante a gravação e não tinha um que não balançasse pelo menos o ombrinho! Isso já me faz entender que o trabalho está sendo bem feito!

Além da black music, vocês também incorporam elementos de diferentes culturas musicais, como o samba-rock, o groove, o reggae e a música latina. Como é o processo de experimentação e incorporação desses estilos em suas músicas?

É um processo que ocorre de forma muito natural. Sentamos e nos abrimos para novas experiências musicais. Não existe uma pressão ou responsabilidade de ter um estilo X em uma música ou Y em outra. Acaba sendo um consenso ao entender o que cada composição pede. Muitas vezes a letra da música dita o direcionamento em qual(is) estilo(s) usar.

Como é o processo criativo da banda ao compor novas músicas? Existe uma abordagem específica ou é mais uma questão de colaboração e experimentação entre os membros?

Quando lançamos o nosso EP em 2015 (No Embalo) as composições eram exclusivamente minhas, onde eu direcionei todo o trabalho de arranjos e produção musical, com exceção de “Poema Para Uma Flor de Encanto” cuja letra foi baseada em uma carta do nosso percussionista Cuíca Play. Agora em 2024 eu quero fazer um disco com uma cara mais coletiva, tendo influência direta de todos da banda nas composições.

Quais são os maiores desafios que a banda enfrenta atualmente na cena musical e como vocês os superam?

O maior desafio hoje é voltar aos palcos depois de um hiato de sete anos. Muitas coisas aconteceram nesse período que corroboraram com essa inatividade por tanto tempo. A nossa volta foi muito pensada e conversada em 2023, onde todos sentiam essa necessidade de voltar por entender que é um projeto muito bom para cair no ostracismo. Esse ano temos um novo planejamento, nova formação (a inclusão do Paulo Ribeiro nos vocais junto com Ju Felício) e um novo show, intitulado de “Coisas do Brasil”.

Quais são os planos futuros da Uaisoul? Há algum projeto específico em que vocês estejam trabalhando atualmente?

Além do lançamento do show “Coisas do Brasil”, teremos o lançamento de um novo single com essa nova formação e entraremos no estúdio para a produzir um novo disco de músicas inéditas. Vocês ouvirão falar muito da Uaisoul em 2024! Aguardem!

Conheça a página a banda clicando aqui.

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