Izi Lima, uma das artistas selecionadas no 1º Prêmio da Música Energia da Cultura, é uma talentosa cantora e compositora nascida em Ipatinga, que está conquistando os corações do público com sua música sincera e cativante. Izi Lima é uma verdadeira representante da discreta intensidade mineira, refletindo em suas composições e melodias a riqueza e profundidade da cultura de Minas Gerais.
Desde a infância, Izi cultivou sua paixão pela música, aprendendo a tocar violão com sua mãe. À medida que crescia, descobriu na composição uma forma poderosa de expressar seus sentimentos e questionamentos mais profundos. Na adolescência, ela mergulhou de cabeça nesse universo, começando a escrever suas próprias músicas e gravá-las por conta própria.
O que torna Izi Lima ainda mais notável é sua habilidade de ser uma verdadeira multiartista. Além de criar as composições, ela também se envolve em todo o processo criativo visual, dominando técnicas de edição de vídeo e animação para complementar sua arte sonora. Essa abordagem holística resulta em uma experiência única e coesa para seus ouvintes.
Nas letras de suas músicas, Izi mergulha fundo em seus sentimentos, proporcionando uma jornada íntima e emocional para quem a escuta. Seu estilo musical é marcado pelo ritmo envolvente do folk e do indie rock contemporâneos, criando uma atmosfera acolhedora e introspectiva que ressoa profundamente com o público.
Nesta entrevista, mergulhamos no mundo criativo de Izi Lima, explorando suas inspirações, desafios e o que a motiva a continuar compartilhando sua música autêntica com o mundo. Prepare-se para se encantar com a voz e a alma desta talentosa artista mineira.
Como foi sua jornada na música até alcançar o reconhecimento como vencedora do Prêmio da Música Energia da Cultura?
Não vou mentir, foi meio ruim [risos]. Além dos problemas que todo artista independente passa, acho que minha jornada na música foi turbulenta porque passei anos lutando contra minha timidez. Isso se tornou um conflito interno porque ao mesmo tempo que eu queria muito que as pessoas se conectassem com minha música, a ideia de expor minha arte e meus sentimentos era amedrontadora.
Como a sua origem em Ipatinga influencia a sua música e a sua identidade artística?
Vejo que Ipatinga está começando a ter um crescimento da arte independente e da cena alternativa, e peguei esse início. Há ambientes que fortalecem demais esse movimento. O Beco (bar em Ipatinga com intensa programação cultural), por exemplo, fortalece demais a cultura local. Fico feliz em fazer parte desse movimento e boto fé que muita música boa vai surgir disso.
Você aprendeu a tocar violão com sua mãe quando criança. Como essa experiência inicial moldou sua relação com a música?
Quando minha mãe me ensinou os primeiros acordes foi mágico. Abriu demais a minha mente e me senti muito f*da por estar conseguindo tocar um instrumento. Tive muito apoio da minha família, e esse foi o pontapé que eu precisava para me dedicar à música.
Como foi o processo de começar a compor músicas na adolescência como forma de expressão pessoal?
Com certeza escrever músicas foi uma forma de desabafar. Quando era adolescente, eu não era muito de conversar sobre meus sentimentos nem sobre mim com ninguém, mas na música eu podia tudo. Acho que criar música foi o que me fez sentir realmente conectada ao mundo.
Você é uma artista multiartista, envolvida não apenas na criação sonora, mas também na visualização de suas músicas. Como você equilibra esses aspectos criativos em sua arte?
Para mim a música e as artes visuais são uma coisa só. Quando eu canto uma música estou apresentando uma narrativa e acho que os recursos visuais fortalecem demais essa narrativa. Sou o tipo de pessoa que pensa de forma muito figurativa. Na minha música eu digo que "a lua é de queijo" ou "quero ver o lado de fora da caverna", até cantando gosto de descrever uma imagem.
Quais são suas principais fontes de inspiração ao compor suas músicas?
As histórias. Me emociono muito com a história das pessoas, histórias que eu mesma vivo, as das séries, filmes, livros, games... uma boa história é uma fonte quase infinita de inspiração.
Como é o seu processo criativo ao compor e produzir suas próprias músicas?
Varia um pouco de música para música, mas basicamente, gosto de escrever absolutamente tudo que estou sentindo sem podar nada. Às vezes dão páginas, e daí pego o violão e tento criar uma melodia que passe exatamente a sensação que estou sentindo. Depois disso, apenas "refino" as palavras que escrevi para que encaixe na melodia. Basicamente.
Suas letras costumam expressar sentimentos pessoais. Como você encontra essa conexão entre sua experiência pessoal e a mensagem que deseja transmitir ao público?
Acho que acontece de forma muito intuitiva, gosto de escrever como se estivesse conversando com uma amiga, ou alguém que tenho muita intimidade, daí fica mais tranquilo de ser sincera.
Como você descreveria o estilo musical presente em suas composições, especialmente a influência do folk e do indie rock contemporâneos?
Intenso, introspectivo e significativo.
Quais são seus planos e projetos futuros na música? Há alguma novidade que você possa compartilhar conosco?
Esse ano vou lançar um projeto chamado "Feliz segundo lugar" que vai contar com dois clipes, e possivelmente umas cinco músicas inéditas também. Levou uns três anos para fazer isso, então estou empolgada para lançar logo.