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Série do Inhotim traz detalhes sobre restauro de obras e conversas com artistas do acervo

30 de setembro de 2022
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5m
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Mesmo com o fechamento à visitação, em março de 2020, por causa da pandemia, o Inhotim se manteve próximo ao público com conteúdos de qualidade no ambiente on-line. Inaugurou novas exposições no Google Arts and Culture, estreou séries inéditas nas redes sociais (YouTube, Facebook e Instagram) e postou curiosidades sobre os acervos artístico e botânico, artistas e bastidores.


Uma das séries lançadas nesse período é a Bastidores, que revela o que se passa nas coxias de uma instituição museológica e seus detalhes curiosos e poéticos. Com seis episódios no ar, a série é um convite para ver o trabalho que envolve as equipes da Técnica, Curadoria e artistas do acervo do Inhotim.


No episódio 1 a artista brasileira Laura Vinci, presente no acervo do Inhotim, abre o seu ateliê para uma conversa sobre o “X” como elemento emblemático em seu percurso como artista e materializado em duas obras comissionadas para o projeto “Múltiplos Inhotim”, criado para fomentar o colecionismo e incentivar a produção artística brasileira.


No segundo episódio, a equipe técnica de conservadores e restauradores especializados do Inhotim contou um pouco sobre o restauro de “As belas relações II”, 2000, de Sandra Cinto, que foi emprestada recentemente para a exposição da artista no Itaú Cultural.


O terceiro episódio acompanha o processo de construção da megainstalação octogonal de 6 m de altura e 14 de diâmetro, que contou com a participação de mais de 30 pessoas e 16 semanas de trabalho, do artista norte-americano Robert Irwin.


Em seu ateliê, o artista Marcius Galan revela detalhes sobre a criação de obras feitas exclusivamente para o projeto Múltiplos Inhotim, no quarto episódio da série. Forquilha (2019) e Belo Horizonte (2020) são resultado de visitas que o artista fez ao Instituto, de onde tirou referências e materiais para os seus trabalhos. O vídeo traz ainda elementos importantes da trajetória de Galan e uma característica sempre presente em sua trajetória: a escultura e a relação com o espaço.


O quinto episódio da série Bastidores detalha o restauro da obra “Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5 De Luxe” (1977). A equipe técnica do Inhotim explica o passo a passo do processo, realizado de acordo com as indicações deixadas por Hélio Oiticica em seus apontamentos sobre a obra. A trilha sonora “Tropicália”, de Caetano Veloso, foi executada pela Orquestra de Câmara Inhotim. A escolha desse tema se deve ao fato de Hélio Oiticica ter sido um dos expoentes do movimento tropicalista na arte contemporânea.


O sexto episódio da série mostra o processo de restauração de umas das obras mais conhecidas do Inhotim: De lama lâmina (2004-2009), de Matthew Barney. Realizado em 2019, o trabalho envolveu a equipe técnica do Instituto e integrantes do Matthew Barney Studio em um restauro de grandes proporções e trabalho minucioso. Localizada em meio a uma mata, a obra foi criada especialmente para o contexto do Inhotim, e reflete a preocupação ambiental de Barney, evidenciando também elementos naturais que aludem aos orixás – o minério de ferro do solo e os eucaliptos da mata.


O próximo episódio - Conservação Continente/Nuvem (2008-2009) - estreia no dia 16 de outubro, às 11h nos canais digitais do Inhotim. Trata-se da obra de Rivane Neuenschwander, em que bolinhas de isopor se movimentam sobre placas translúcidas, no teto de uma casinha simples. Quer saber como a equipe do Inhotim mantém essa obra conservada? Fique de olho e ative as notificações no youtube do museu.


A série Bastidores e outras produções do Inhotim estão disponíveis no YouTube, Facebook e Instagram. Pessoalmente, é possível ver as obras no Inhotim às sextas (9h30 às 16h30), sábados, domingos e feriados (9h30 às 17h30). Lembrando que é preciso retirar ingressos antecipadamente on-line via Sympla.


Sobre o Inhotim


Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, o Instituto Inhotim expõe de forma permanente obras de renomados artistas nacionais e estrangeiros. A área de visitação compreende 140 hectares, onde o visitante é surpreendido com galerias e obras dispostas entre jardins e uma paisagem exuberante. O Museu já recebeu cerca de 3 milhões de pessoas, tornando-se um dos principais destinos turísticos e culturais do Brasil.


O Inhotim está situado na cidade mineira de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. Sua abertura ao público, em 2006, inseriu Minas Gerais na cena da arte contemporânea mundial, impulsionando a economia local e a geração de emprego. Desde então, o Museu tem demonstrado seu forte compromisso com o desenvolvimento humano por meio do amplo acesso a seus acervos artístico e botânico.


Devido à sua extensão e localização privilegiada – entre os ricos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado –, o Inhotim possibilita que artistas criem site-specifics de forma única e inovadora, além de viabilizar a exibição permanente de obras de grande escala que normalmente não poderiam ser expostas em museus tradicionais. Tudo isso proporciona ao visitante uma experiência singular, que integra arte, natureza, cultura, arquitetura, entretenimento e educação.


Foto: Brendon Campos – Magic Square


 




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