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Espetáculo “HOMEM-BOMBA” faz turnê pelas cidades de Minas Gerais

8 de fevereiro de 2023
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5m
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Home-Bomba
Viabilizado por meio do patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, o solo Homem-Bomba, escrito por Cynthia Paulino e dirigido e protagonizado por Luiz Arthur, contará com um projeto de circulação que inclui apresentações em diversas cidades mineiras. A estreia oficial do projeto ocorreu no último dia 14 de janeiro, em Juiz de Fora, e desde então a montagem também já foi vista em Varginha e Pouso Alegre. O calendário de apresentações ainda inclui as cidades de Araxá, Araguari, Belo Horizonte, Divinópolis, Ipatinga, Montes Claros, Patos de Minas, Teófilo Otoni e Uberlândia. “Para definir os locais das apresentações, acabei fazendo uma mistura de cidades que eu ainda nunca havia me apresentado e também algumas outras que já tive oportunidade de levar trabalhos anteriores, obtendo bastante êxito junto ao público local”, destaca Luiz Arthur. A proposta do projeto é descentralizar a programação, percorrendo diversas regiões do estado com o espetáculo.

A montagem é vencedora dos prêmios de melhor ator (Luiz Arthur), diretor (Luiz Arthur) e melhor texto (Cynthia Paulino) do 10º Festival Nacional de Teatro do Piauí, realizado em setembro de 2022 na cidade de Floriano (PI) e foi eleito entre os espetáculos preferidos do público numa votação organizada pelo perfil Atores da Depressão, comunidade que reúne mais de 100 mil pessoas.

A temporada pelo estado teve início em Juiz de Fora. De lá seguiu para Varginha e Pouso Alegre. Agora será a vez dos moradores da região do Vale do Aço conferirem a montagem. De lá, o grupo segue para Teófilo Otoni (12/02).

Luiz Arthur, fundador e integrante da Companhia Teatro Adulto, estreou a peça em 2018 na Mostra Solos e Monólogos do CCBB de São Paulo. Logo na estreia, contou com a presença do professor e crítico teatral Welington Andrade na plateia, que exaltou as qualidades do espetáculo no caderno de críticas do evento: “Tomado de assalto pelo ritmo vertiginoso imposto pela dicção clara e enervada de Luiz Arthur, o espectador se conscientiza de que está diante de um complexo e multifacetado repertório de significados épicos, poéticos, dramáticos e até mesmo melodramáticos, todos penetrantes em sua perspectiva fantasiosa ou crítica, significados esses cada vez mais raros de serem veiculadas pela indústria cultural nos dias de hoje”.

No ano seguinte à estreia, Homem-Bomba cumpriu temporada em São Paulo. Na ocasião, o solo colheu críticas entusiasmadas. Uma delas, com o título “Entre fragmentos e fricções, Homem-Bomba constrói intenso trabalho de ator”, foi publicada pelo respeitado site Observatório do Teatro, do portal UOL. Nela, o jornalista e crítico Bruno Cavalcanti enfatiza que “o desempenho irretocável de Luiz Arthur enche Homem-Bomba de som e fúria num dos grandes desempenhos da temporada”.

Sobre o espetáculo

O solo se passa em um mundo desigual, cada vez mais parecido com um grande abatedouro. Nesse lugar inóspito, um homem tenta compreender os vários eus que o habitam e, para tal, adota métodos nada convencionais. “É um personagem provocador, que busca intimamente a compreensão dos monstros que existem escondidos em todos nós”, comenta Luiz Arthur.

Para discutir essa dualidade do ser humano, a peça busca como referência o romance “O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde”, popularizado como “O Médico e o Monstro”, do britânico Robert Louis Stevenson (1850-1894). “O monstro não é alguém distante de nós. É nosso duplo. O monstro nos habita e cabe a cada um saber cuidar, compreender e educar a sua própria sombra”, revela Luiz Arthur.

Em cena, esse monstro se materializa em uma figura que se aproxima a de um açougueiro. “Esse personagem foi se firmando durante todo o processo de construção da dramaturgia. Mas não podia ser um açougueiro qualquer. Precisava ter o lado do cientista, do médico. E que faz de si a sua própria cobaia”, acrescenta o ator e diretor.

Encenada em uma área de paletes brancos (daqueles usados em açougues) com apenas 2m², a peça investiga a restrição do espaço de atuação, característica marcante na trajetória da Teatro Adulto.  Além da obra de Stevenson, a montagem tem citações de vários escritores, poetas e pensadores, como Aldous Huxley, Shakespeare, Carl Jung, Franz Kafka, HP Lovecraft, Tadeusz Kantor, Augusto dos Anjos, Samuel Beckett, William Blake, entre outros. “São autores extraordinários que nos fazem refletir sobre a condição humana, sobre quem somos de verdade. E a trilha também surpreende porque vai de Beethoven e Aretha Franklin até um trecho de Pagliacci no gogó”, revela Luiz Arthur. “É um desafio e tanto”, conclui.

SOBRE LUIZ ARTHUR

Luiz Arthur é ator, diretor, produtor, professor de teatro e jornalista. É integrante e fundador da Companhia Teatro Adulto (MG). Com “A Morte de DJ em Paris” (1999), venceu os prêmios de melhor ator no 12º Concurso de Monólogos Ana Maria Rego (Teresina) e no III Festival Nacional de Monólogos (Vitória). Venceu os prêmios SESC/SATED-MG e USIMINAS/SINPARC 2003 de melhor ator por “Noites Brancas”, no qual atuou ao lado da atriz Débora Falabella sob a direção de Yara de Novaes, e SESC/SATED e AMPARC/BONSUCESSO 1996 por “O Beijo no Asfalto”, com direção de Wilson Oliveira. Produziu e atuou em “Fala Comigo Como a Chuva”, eleito pela crítica nacional como o melhor espetáculo do Fringe no Festival de Curitiba 2009, dirigido por Cynthia Paulino. “Homem-Bomba” é seu segundo solo.

Atuou na novela “Fascinação” (1998), no SBT. Na TV Globo, participou de “Belíssima” (2005), “JK” (2006), “Caminho das Índias” (2009), “Passione” (2010) e “Rocky Story” (2017). É coordenador e professor de interpretação da Escola de Teatro PUC Minas.

SOBRE A COMPANHIA TEATRO ADULTO

A Companhia Teatro Adulto cria e produz espetáculos desde 1996. Destacam-se: “A Morte de DJ em Paris” (1999), “A Falecida” (2004), “Fala Comigo Como a Chuva” (2008), “A Última Canção de Amor Deste Pequeno Universo” (2010), “Entre Nebulosas e Girassóis” (2013), “Coisas Boas Acontecem de Repente” (2016), “Horror Vacui Hamlet” (2016) e “Homem-Bomba” (2018).

SINOPSE

Em um mundo desigual, cada vez mais parecido com um grande abatedouro, um homem quer compreender os vários eus que o habitam e utiliza, para realizar o seu intento, métodos nada convencionais. Texto de Cynthia Paulino, livremente inspirado no clássico “O médico e o monstro”, título original “O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson.

FICHA TÉCNICA

Direção, trilha sonora e atuação: Luiz Arthur

Texto: Cynthia Paulino

Cenário: Cynthia Paulino e Luiz Arthur

Coordenação técnica e Iluminação: Marina Arthuzzi

Figurino: Cynthia Paulino

Adereços: Mauro Gelmini

Maquiagem: Linda Paulino

Assistente de produção e designer gráfico: Samara Martuchelli

Fotos: Catarina Paulino e Guto Muniz.

Realização: Companhia Teatro Adulto

Classificação: 12 anos

Duração: 50 minutos

Entrada Gratuita

Assessoria de Imprensa: Fábio Gomides – (31)99693-2767 – @aduplainforma
contato@aduplainformacao.com.br 

aduplainformacao@gmail.com

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