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Celso Adolfo comemora 70 anos no Sempre Um Papo

6 de setembro de 2022
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5m
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Celso Adolfo - Foto: Eduardo Gontijo
Mineiro de São Domingos do Prata, o violonista e compositor Celso Adolfo participa presencialmente do Sempre Um Papo para celebrar 70 anos de vida. O evento ocorre justamente na data de aniversário do músico, dia 9 de setembro, sexta-feira, às 19h30, no auditório da Cemig – bairro Santo Agostinho. Participa também do programa o produtor e arranjador Juarez Moreira, parceiro de composições e amigo de Celso desde a década de 70. No Sempre Um Papo, ele contará histórias e tocará, ao lado de Juarez, composições de toda a sua trajetória. O evento acontece sob a mediação do jornalista Afonso Borges e tem entrada gratuita.

O Sempre Um Papo é viabilizado com o patrocínio o Instituto Cultural Vale, Usiminas e Cemig, com o apoio do Mater Dei, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo.

Celso Adolfo se encontrou na música ainda em sua meninice e adolescência interiorana, ouvindo melodias pelo rádio Telefunken 8 Faixas de Onda, pela Corporação Musical Santa Cecília, pelo som que se ouvia na colonial Matriz de São Domingos de Gusmão, pelas vozes das beatas, pelas festas populares e pela Jovem Guarda. Um LP de Chico Buarque, que trazia a faixa “Retrato em branco e preto”, parceria dele com Tom Jobim, alterou tudo aquilo e o mais que Roberto, Erasmo e Vanderléia ofereciam.

O ímpeto de compositor se manifestou na primeira sequência harmônica da música “Here, there and everywhere“ dos Beatles, que ele logo “tirou de ouvido”. Apoiado nos quatro acordes iniciais, Celso arriscava uma primeira música. De lá até os dias de hoje, tocar violão e compor traçaram o seu destino.

No ano de 1976, já em Belo Horizonte, Celso foi convidado a participar da temporada de Paulinho da Viola no Teatro Francisco Nunes. O ano de 1982 traria emoções ainda maiores: o músico deixou de ser funcionário público do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) para assumir a carreira profissional pelas mãos de Milton Nascimento, que produziu o seu primeiro LP, ”Coração brasileiro”, nome do show que fazia no Teatro da Imprensa Oficial, onde Bituca foi assisti-lo.

Com 10 discos lançado desde 1983, chega agora ao 11º, “Pratiano”, gentílico de São Domingos do Prata. “Este novo CD tem esse nome menos pela graça do adjetivo e mais pelo pratiano que sou. Nesta altura, estas músicas são os degraus de onde observo o que compus, e de onde ainda farei mais músicas”, afirma Celso.

“Pratiano” é também o nome de uma das faixas do disco, inspirada em duas antigas fotografias. “O CD não teria uma música com este nome não fossem duas fotos que sacudiram o espírito do menino e do homem contidos em 70 arcos de si mesmo. A primeira é a da banda de música Euterpe Lagoana, que, por volta de 1940, em Nova Era (antiga São José da Lagoa), mostra o meu avô materno, o Sr. Antônio Gonçalves Dias – maestro compositor de fantasias e dobrados -, com um trompete à mão, regendo o rapaz saxofonista, Zequito, que viria a se casar com Daíca, filha do maestro. O enlace renderia nove filhos, sendo eu o quarto da turma. A segunda foto é a de um aniversário. Nela, o menino trajando paletó, camisa branca, calça curta e sapato envernizado estava certo de que o mundo era uma ilha cercada das empadinhas, guaranás, doces, coreto e música”, conta Celso sobre a origem da canção, que será interpretada durante o Sempre um Papo.

A estrofe inicial da música, a ser lançada em breve nas plataformas digitais, anuncia a última:

“O menino calça curta

tinha tudo e nada tinha

tinha menos que queria

mal sabia o que não tinha

(…)

Alma discreta e concentrada

assim cresceu, cresceu assim

e sem saber porque crescia

entre notas, todo dia

aqui chegou, chegou assim.”

Além da canção que dá nome ao seu mais novo disco, Celso apresenta, durante o evento, uma música de cada um dos seus 10 discos já lançados, como “Nós dois” (LP/CD “Feliz”, 1988), “A estrada do barro branco” (LP/CD “Anjo torto”, 1990), “Barcarola lusitana” (CD “Estrada Real de Villa Rica”, 2011) e “Ralando coco” (CD “Remanso de Rio Largo”, 2019).

Acompanhe Celso Adolfo em seus canais:

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Instagram

Facebook.

Sempre um Papo – 36 anos

Criado em 1986, pelo jornalista Afonso Borges, o Sempre Um Papo é reconhecido como um dos programas culturais de maior credibilidade do país. O projeto realiza encontros entre importantes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros.

Em sua história, já ultrapassou os limites de Belo Horizonte e chegou a 30 cidades, em oito estados do país, tendo sido realizado também em Madri, na Espanha. Em 35 anos de trabalho, aconteceram mais de 7 mil eventos, que reuniram um público superior a 2 milhões de pessoas.

Serviço:

Sempre Um Papo recebe Celso Adolfo

Dia 9 de setembro, sexta-feira, às 19h30

Local: Auditório da Cemig (Av. Barbacena, 1200 – Santo Agostinho, BH)

Informações: www.sempreumpapo.com.br

Informações para a imprensa:

Jozane Faleiro – jozane@sempreumpapo.com.br / 31 992046367

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