Mineiro de São Domingos do Prata, o violonista e compositor Celso Adolfo participa presencialmente do Sempre Um Papo para celebrar 70 anos de vida. O evento ocorre justamente na data de aniversário do músico, dia 9 de setembro, sexta-feira, às 19h30, no auditório da Cemig – bairro Santo Agostinho. Participa também do programa o produtor e arranjador Juarez Moreira, parceiro de composições e amigo de Celso desde a década de 70. No Sempre Um Papo, ele contará histórias e tocará, ao lado de Juarez, composições de toda a sua trajetória. O evento acontece sob a mediação do jornalista Afonso Borges e tem entrada gratuita.
O Sempre Um Papo é viabilizado com o patrocínio o Instituto Cultural Vale, Usiminas e Cemig, com o apoio do Mater Dei, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo.
Celso Adolfo se encontrou na música ainda em sua meninice e adolescência interiorana, ouvindo melodias pelo rádio Telefunken 8 Faixas de Onda, pela Corporação Musical Santa Cecília, pelo som que se ouvia na colonial Matriz de São Domingos de Gusmão, pelas vozes das beatas, pelas festas populares e pela Jovem Guarda. Um LP de Chico Buarque, que trazia a faixa “Retrato em branco e preto”, parceria dele com Tom Jobim, alterou tudo aquilo e o mais que Roberto, Erasmo e Vanderléia ofereciam.
O ímpeto de compositor se manifestou na primeira sequência harmônica da música “
Here, there and everywhere“ dos Beatles, que ele logo “tirou de ouvido”. Apoiado nos quatro acordes iniciais, Celso arriscava uma primeira música. De lá até os dias de hoje, tocar violão e compor traçaram o seu destino.
No ano de 1976, já em Belo Horizonte, Celso foi convidado a participar da temporada de Paulinho da Viola no Teatro Francisco Nunes. O ano de 1982 traria emoções ainda maiores: o músico deixou de ser funcionário público do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) para assumir a carreira profissional pelas mãos de Milton Nascimento, que produziu o seu primeiro LP, ”Coração brasileiro”, nome do show que fazia no Teatro da Imprensa Oficial, onde Bituca foi assisti-lo.
Com 10 discos lançado desde 1983, chega agora ao 11º, “Pratiano”, gentílico de São Domingos do Prata. “Este novo CD tem esse nome menos pela graça do adjetivo e mais pelo pratiano que sou. Nesta altura, estas músicas são os degraus de onde observo o que compus, e de onde ainda farei mais músicas”, afirma Celso.
“Pratiano” é também o nome de uma das faixas do disco, inspirada em duas antigas fotografias. “O CD não teria uma música com este nome não fossem duas fotos que sacudiram o espírito do menino e do homem contidos em 70 arcos de si mesmo. A primeira é a da banda de música Euterpe Lagoana, que, por volta de 1940, em Nova Era (antiga São José da Lagoa), mostra o meu avô materno, o Sr. Antônio Gonçalves Dias – maestro compositor de fantasias e dobrados -, com um trompete à mão, regendo o rapaz saxofonista, Zequito, que viria a se casar com Daíca, filha do maestro. O enlace renderia nove filhos, sendo eu o quarto da turma. A segunda foto é a de um aniversário. Nela, o menino trajando paletó, camisa branca, calça curta e sapato envernizado estava certo de que o mundo era uma ilha cercada das empadinhas, guaranás, doces, coreto e música”, conta Celso sobre a origem da canção, que será interpretada durante o Sempre um Papo.
A estrofe inicial da música, a ser lançada em breve nas plataformas digitais, anuncia a última:
“O menino calça curta
tinha tudo e nada tinha
tinha menos que queria
mal sabia o que não tinha
(…)
Alma discreta e concentrada
assim cresceu, cresceu assim
e sem saber porque crescia
entre notas, todo dia
aqui chegou, chegou assim.”
Além da canção que dá nome ao seu mais novo disco, Celso apresenta, durante o evento, uma música de cada um dos seus 10 discos já lançados, como “Nós dois” (LP/CD “Feliz”, 1988), “A estrada do barro branco” (LP/CD “Anjo torto”, 1990), “Barcarola lusitana” (CD “Estrada Real de Villa Rica”, 2011) e “Ralando coco” (CD “Remanso de Rio Largo”, 2019).
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Sempre um Papo – 36 anos
Criado em 1986, pelo jornalista Afonso Borges, o Sempre Um Papo é reconhecido como um dos programas culturais de maior credibilidade do país. O projeto realiza encontros entre importantes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros.
Em sua história, já ultrapassou os limites de Belo Horizonte e chegou a 30 cidades, em oito estados do país, tendo sido realizado também em Madri, na Espanha. Em 35 anos de trabalho, aconteceram mais de 7 mil eventos, que reuniram um público superior a 2 milhões de pessoas.
Serviço:
Sempre Um Papo recebe Celso Adolfo
Dia 9 de setembro, sexta-feira, às 19h30
Local: Auditório da Cemig (Av. Barbacena, 1200 – Santo Agostinho, BH)
Informações: www.sempreumpapo.com.br
Informações para a imprensa:
Jozane Faleiro – jozane@sempreumpapo.com.br / 31 992046367