fbpx
acessibilidade

AML: centro produtor e divulgador da cultura, das artes, da história e da memória

3 de novembro de 2022
|
5m
|

Com 40 cadeiras - o mesmo número da Academia Brasileira de Letras (ABL), sediada no Rio de
Janeiro -, a Academia Mineira de Letras (AML) reúne de escritores a juristas e políticos que têm
uma reconhecida obra literária. Entre os acadêmicos, citam-se nomes como Alphonsus
Henrique de Guimaraens Neto, Henriqueta Lisboa, Maria José de Queiroz, Fábio Lucas, Cyro
dos Anjos, Yeda Prates Bernis, Benito Barreto, Wander Melo Miranda, Jacyntho Lins Brandão,
Silviano Santiago e Olavo Romano. Trata-se de um significativo conjunto que representa os
vários segmentos da vida intelectual, artística e cultural de Minas Gerais. Sempre que um dos
membros morre, abre-se uma eleição para escolher quem o substituirá. Participam da votação
os próprios colegas e a eleição é bem disputada.






Os membros da AML mantêm uma tradição desde a sua fundação, em 1909 – o chá das 5. Uma
vez por mês, durante um lanche, os integrantes se reúnem para discutir temas ligados à
literatura. Ao contrário do que ocorre na ABL, os imortais mineiros não recebem jeton para
participar dos eventos.






A AML mantém um acervo de mais de 30 mil itens entre livros e documentos, que pode ser
consultado publicamente. Há ainda uma galeria virtual e um catálogo também on-line
intitulado "Escritos de Minas", com recortes curatoriais sobre os acadêmicos e o acervo da
Instituição. A revista da AML, cuja primara edição foi lançada em 1922, é um dos periódicos
mais antigos do estado até hoje em ampla circulação, por décadas somente em papel e agora,
também, em sua versão digital. 






A Academia ainda oferece ao público uma programação variada e de qualidade, voltada para a
promoção da Língua Portuguesa e da Literatura, que pode ser conferida aqui.






A sede
O edifício da Academia Mineira de Letras, localizado Rua da Bahia, n° 1466, foi construído na
década de 1920, provavelmente em 1923/1924, para ser o consultório e residência do médico
carioca, radicado na capital mineira, Eduardo Borges da Costa. Inicialmente, a construção
abrigou a clínica particular de seu pai. A pequena clínica abrigava uma recepção, consultórios,
dois quartos para internação de pacientes além de um laboratório, uma biblioteca e um
banheiro. A construção foi planejada para receber ampliação e abrigar a residência da família
do Dr. Borges da Costa, uma vez que a estrutura do prédio foi projetada para suportar um
segundo andar. Embora não exista confirmação documental, os indícios apontam que o
projeto original da casa ficou a cargo do arquiteto Luis Signorelli, o mesmo que projeto o
edifício que abriga o Automóvel Clube. Trabalharam na obra também importantes artistas
como o escultor austríaco Mucchiutti, responsável por muitas obras na cidade, e os
marmoristas irmãos Natalli. A execução dos trabalhos ficou a cargo do Sr. Antônio Mias. Após a
ampliação o casarão passou a reunir 44 cômodos, incluindo os pertencentes à clinica do Dr.
Borges da Costa. Desde o início, a residência tornou-se ponto de referência de políticos,
médicos, poetas e outras pessoas de renome que formavam a elite intelectual e política da
nova capital. A residência acolheu inúmeros jantares e encontros durante vários anos. Em
1987 foi passada em comodato para a Academia Mineira de Letras e posteriormente
restaurada. Em 1994 foi construído um anexo para receber eventos e reuniões. Atualmente o
imóvel abriga as atividades da Academia e continua como um ponto de referência da
arquitetura e memória da cidade.






Auditório





O Auditório Vivaldi Moreira, edifício anexo da Academia Mineira de Letras, projeto do
arquiteto Gustavo Penna, tem uma área construída de 1200 m², elaborado guardando uma
harmonia de volumes e elementos arquitetônicos com o palacete Borges da Costa. O foyer-
galeria de pé direito duplo e iluminação zenital, tem um auditório de 120 lugares e salões que
comportam até 350 pessoas. Estas modernas instalações, mediante contrato prévio, podem
ser utilizados por empresas e particulares, para a realização de encontros culturais e sociais.





Confira quem são os atuais acadêmicos da Academia Mineira de Letras (ordenados pelo
número da cadeira):





01 - Danilo Gomes
02 - Benito Barreto
03 - Angelo Oswaldo de Araújo Santos
04 - Amilcar Vianna Martins Filho
05 - Humberto Werneck
06 - Yeda Prates Bernis
07 - Wander Melo Miranda
08 - Rogério Faria Tavares
09 - Antonieta Cunha
10 - J.D. Vital
11 - Dom Walmor Oliveira de Azevedo
12 - Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
13 - Silviano Santiago
14 - Antenor Pimenta
15 - Maria Esther Maciel
16 - Ronaldo Costa Couto
17 - Ibrahim Abi-Ackel
18 - José Henrique Santos
19 - Pe. José Carlos Brandi Aleixo
20 - Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz
21 - Elisabeth Rennó
22- Fábio Lucas
23 - Manoel Hygino dos Santos
24 - Vaga após a morte do escritor Eduardo Almeida Reis, no dia 15 de março
25 - Jacyntho Lins Brandão
26 - Jota Dangelo
27 - Afonso Henriques de Guimaraens Neto
28 - Márcio Sampaio
29 - José Fernandes Filho
30 - Caio Boschi
31 - Rui Mourão
32 - Carlos Bracher
33 - Luís Ângelo da Silva Giffoni
34 - Orlando de Oliveira Vaz Filho
35 - Carlos Mário da Silva Velloso
36 - Aloísio Teixeira Garcia
37 - Olavo Celso Romano
38 - Pedro Rogério Couto Moreira
39 - Patrus Ananias de Sousa
40 - Maria José de Queiroz



compartilhar:
Veja também

A energia contagiante da Uaisoul

quarta-feira, 10 abril 2024, às 06:00

Raquel Moreira, uma cantora revelação

sexta-feira, 5 abril 2024, às 06:00

A discreta intensidade mineira de Izi Lima

sexta-feira, 22 março 2024, às 08:05
Pular para o conteúdo