Campo de terra batida, lugar de partida. O confronto bruto entre os jogadores risca o solo, levanta a poeira, deixa suas marcas na terra. Na tela em movimento eles caminham e se atravessam. A hora do encontro é chegada, lugar de afeto e disputa. Dois corpos na cidade em fuga. Algo eclode em samba nos pés presos aos sapatos e ao chute. Partida que fica em jogo: olhar, toque. Há lugar para isso fora de campo? Curva estreita que entrelaça e domina. Partir para vir, coisa de homem viril, a partida é despedida, despedaça, separa e liga.
Minibio
Samuel Samways é artista referência em danças de parceria e dança de salão contemporânea: uma ressignificação crítica da dança de salão tradicional. Sua pesquisa tem importância significativa na crítica e na desconstrução dos papéis heteronormativos da dança de salão, bem como a fusão da linguagem com danças tradicionais brasileiras e latino-americanas, artes marciais, capoeira, contato-improvisação e dança contemporânea. Foi bailarino intérprete criador na Mimulus Cia de Dança, no grupo de dança Sala B, no Camaleão Grupo de Dança, no Grupo Tapias e diretor do Terceira Margem – coletivo de dança. É ainda curador e idealizador do Festival de Dança de Salão Contemporânea.
Conheça mais: @samuelsamways