Sete anos após o rompimento da barragem de mineração em Mariana, três anos após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão em Brumadinho /MG e sob a iminência de novos rompimentos em Minas Gerais, testemunhamos o minério sendo levado de nossas montanhas e deixando um rastro de destruição e crime por onde passa. A passagem acelerada de vagões, que transportam toneladas de minério diariamente, acusa que o tempo do “progresso” carrega em si o tempo do “atraso”, afinal, o dito progresso, em sua ambiguidade e contradição contínuas, cria sua própria ruína.
Minibio
Bárbara Lissa e Maria Vaz trabalham em dupla desde 2017, com o duo Paisagens Móveis. Ambas possuem mestrado em Artes pela UFMG e trajetória nas Letras (UFMG) e nas Artes Visuais (Guignard/UEMG). Tratam das relações entre memória e esquecimento, a partir de ficções poéticas, dentro de universos pessoais e coletivos, sendo grande parte de seus trabalhos dedicados a questões ambientais. Desenvolvem projetos por meio da fotografia, a partir de experimentações entre imagem e palavra, entre analógico e digital e da apropriação de imagens de arquivo. Em 2021, publicaram o fotolivro "Três Momentos de um Rio" e, no mesmo ano, foram selecionadas pelo Prêmio Pierre Verger, em Salvador. Em 2022 participaram da exposição coletiva "Cosmopolíticas", em Belo Horizonte e Tiradentes, e da exposição "Terrarium", em Porto Alegre. São membras da plataforma Mulheres Luz e Women Photograph e atuam com pesquisa e produção editorial na plataforma ARCHIVO.
Conheça mais: @duopaisagensmoveis