Performance que vem tratar sobre as nuances da imagética do corpo. Mediante violências físicas e simbólicas às quais, enquanto mulher negra e artista, sou submetida diariamente, me deparo com o afeto, a ausência, a ansiedade e a dicotomia da rotina. Todas essas intempéries me atravessam e as transformo em arte, descrita aqui enquanto performance de um tempo espiralar, onde se expressar é uma forma de escapar e de me manter viva.
Minibio
Massuelen Cristina é natural de Sabará. Artista e pesquisadora, graduada em Psicologia pela Fumec e especialista em Artes Visuais pelo Cicalt. Vinda de uma família de lavadeiras, neta de Dinorá e filha de Sueli, busca a partir de seus trabalhos artísticos ressignificar narrativas, ouvir (mais do que falar) e se deixar afetar e criar a partir do que observa. Artista polímata, seu trabalho passa pelas encruzilhadas da performance, da pintura, do audiovisual e da instalação. A artista propõe em sua pesquisa curar o tempo, girando em torno das etnografias do rito como tempo e espaço de desenvolvimento de símbolos, de signos e de iconografias das relações corpo-território, às margens do rio das Velhas. Vencedora do Prêmio Vozes Agudas para Mulheres Artistas, do Prêmio Itaú Cultural de Artes Visuais e do 7º Prêmio BDMG Cultural/FCS, participou também da Mostra Internacional de Performance, do Festival Internacional de Arte do Rio de Janeiro, da Mostra Verbo, na Galeria Vermelho (São Paulo) e na Galeria Chão SLZ (São Luís), assim como das residências artísticas Lab Cultural BDMG e Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto. Artista indicada ao Prêmio PIPA 2023.
Conheça mais: @massuelencristina
